Diariamente lemos, por meio das mídias, notícias sobre os benefícios ou malefícios dos mais variados alimentos, tentando assim, manipular nosso comportamento alimentar. Entretanto devemos ficar atentos às informações para não comprometermos o equilíbrio da dieta, saúde e o prazer da boa mesa. O equilíbrio deve nortear a dieta e a saúde humana; livre de excessos e radicalismos.
O organismo depende de uma alimentação balanceada (carnes, leite e derivados, frutas, vegetais e cereais) para seu perfeito funcionamento, porque não existe alimento que contenha todos os nutrientes em quantidade e qualidade necessárias à manutenção da saúde e das atividades diárias. A carne, em especial a bovina, contém grande quantidade de nutrientes, com alta disponibilidade e baixo valor calórico, e deve fazer parte de uma alimentação equilibrada.
É fato, que o consumo excessivo de gordura, animal ou vegetal, é um fator de risco para o aparecimento de doenças coronarianas, assim como o fumo, sedentarismo, obesidade, diabetes, pressão alta, altos níveis de colesterol, mas existem também os fatores de risco que não podemos controlar que são a idade e a predisposição genética. Então, não podemos responsabilizar apenas o consumo de gordura animal como o causador das doenças cardiovasculares.
Mito
O Colesterol, grande responsável pelo temor de muitos ao consumo de carnes vermelhas, é tido como o grande vilão, mas ao contrário do que se pensa, sem a sua presença, a integridade da membrana que protege as células ficaria totalmente comprometida, assim como a síntese de vitamina D e dos hormônios sexuais; causando a diminuição nos níveis de testosterona e na libido nos homens, além da menopausa precoce nas mulheres. Vale ainda salientar que o próprio organismo produz cerca de 70% de todo o colesterol circulante, devendo somente os 30% restantes ter origem na dieta.
A polêmica envolvendo o colesterol é decorrente do excesso de LDL também conhecido como colesterol ruim e que em condições específicas, pode se acumular nas paredes das artérias, desencadeando a aterosclerose. Entretanto, existem outras lipoproteínas que compõe o grupo dos colesteróis e que são benéficas e fundamentais ao organismo humano; são elas: o quilomicron, VLDL e o HDL, conhecido como o “bom colesterol” e que em grandes quantidades é muito favorável ao organismo, pois é carreado para a circulação e tem capacidade de promover uma limpeza celular.
Benefícios
# A carne bovina é uma excelente fonte de ferro. O ferro é um mineral essencial para diversas funções do organismo. Além de dar suporte ao sistema imunológico, ele forma parte da hemoglobina dos glóbulos vermelhos, responsável pelo transporte de oxigênio no corpo. Este oxigênio é usado para liberar energia do alimento, energia esta utilizada para crescimento, respiração, movimento e demais funções do organismo.
# Encontra-se apenas em produtos animais, o ácido linoléico conjugado, conhecido como CLA, que tem se mostrado como anticarcinogênico, antiarterosclerose, antitrombótico, hipocolesterolêmico e imunoestimulatório, atuando no aumento da massa muscular, reduzindo a gordura corporal e prevenindo a diabetes.
# A carne bovina, comparada às demais carnes e a outros produtos de origem animal ou vegetal, tem as maiores concentrações de zinco, com exceção das ostras que possuem altos níveis deste mineral. Este mineral desempenha funções importantes no sistema imunológico.
# A vitamina B12 (cobalamina), que é encontrada somente em produtos animais, é necessária para a síntese de DNA, o componente que contém os genes das células. Esta vitamina também ajuda na manutenção dos tecidos nervosos e na formação normal do sangue. Indivíduos com deficiência de vitamina B12 apresentam distúrbios neurológicos.
# Rica em creatina. Este composto nitrogenado ajuda a restaurar ATP (adenosina trifosfato) após o esforço muscular. Sem ATP, bastam algumas repetições de exercícios ou qualquer tipo de atividade muscular para sentir falta de energia.
Como percebemos, não é nada fácil substituir as carnes vermelhas da nossa dieta; desta forma, a carne bovina é e sempre será uma excelente fonte nutricional. Segundo a FAO (FoodandAgricultureOrganization – Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação), uma alimentação diária saudável deve ter de 10 a 15% de proteína, com uma ingestão diária de 90 gramas, devendo 50% ser de origem animal e somente o restante de origem vegetal.
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